Iniciei em este projeto em 2018 como forma de buscar respostas para sobre o que significa pertencer a minha família. Meus pais, Maristela e Walter, são um casal de trabalhadores da classe média brasileira que através dos anos sobrevive através de gambiarras. Eles já trabalharam em inúmeras funções, de carteira assinada a bicos, usando da criatividade para pagar os aluguéis mudaram de casa 22 vezes entre 4 cidades diferentes.
Neste projeto abordo o peso de uma vida compartilhada frente ao capitalismo, onde mesmo atingindo a terceira idade não existem opções a não ser continuar trabalhando. Aqui compreendo meus pais para além das rupturas, dos afetos, dos traumas, do caos e do amor. Como dar conta da vida deles através de imagens?
I started this project in 2018 as a way to seek answers about what it means to belong to my family. My parents, Maristela and Walter, are a couple of Brazilian middle-class workers who have survived over the years through improvisation. They have worked in numerous roles, from formal employment to odd jobs, relying on creativity to pay rent, having moved homes 22 times across 4 different cities.
In this project, I address the weight of a shared life in the face of capitalism, where even reaching old age, there are no options but to continue working. Here, I understand my parents beyond the ruptures, affections, traumas, chaos, and love. How do I capture their lives through images?